Wednesday, October 18, 2006

levanta o rabo

é a dança da terra meu amigo, com ela as lágrimas do teu esquecimento! e olha para esta louca situação do mundo, a maioria a busca de pão e a terra sem terra para tantas exigências superficiais. olha para o céu, olha para a loucura do tempo, olha para o fumo irrespirável destes centros urbanos caóticos... olha para as caras das gentes que se deslocam sem olhar, e olha para o desespero da fome, e as paredes demasiado cinzentas, vazias, imponentes!
olha para ti, para mim, parece-te que chegamos a algum lado nesta guerra? e os sentimentos estão desconsiderados, já não procuramos uma cura para o coração a não ser por comprimidos e consumo! são demasiados remendos para tanta dor, e remendos sobre os olhos para ficares cego, sobre os ouvidos para ficares surdo!
levantamos este rabo e vamos curtir a vida? vamos sorrir lá para fora e mostrar todo o nosso encantamento? mostrar os nossos olhinhos bonitinhos, as nossas palavras sinceras e almas genuínas!?

Wednesday, October 11, 2006

sem título

vinha a noite solta
na escuridão sem medo
certos dias chegava a lua
e o azul romântico esbatia nas paisagens
os olhos podem mesmo respirar o verde
que aqui e ali reflectem das arvores;
mas
cedo, segui direcção ao mar
porque a sua imensidão fascina-me
e as suas ondas curvas seduzem-me
e atiro-me de cabeça na água
como um desejo enorme de nadar
ser um peixe e percorrer as correntes
frias quentes
fechar os olhos e sentir o corpo dançar
no fundo deste atlântico magistroso
que me ensina a viver e amar
a segurança de algo tão grande te abraçar
e o medo de todo o desconhecido
de sermos este peixe num mar enorme!

Tuesday, October 10, 2006

nascer re

o teu sorriso é como
um outono de verão
uma simplicidade complexa
e os teus olhos são como
um mar cheio de vida
um lago no fim do mundo
a esperança levanta-se das cinzas
vou ver mar! quero sentir novamente
brevemente as ondas que deixei
quero...
saborear o infinito, cheirar a tua pele
e confortar-me com calor da tua voz
e que tão pouco conheço
e tanto consigo já sentir
sinal
que a tua força liberta qualquer um
e que a tua mente é única

Wednesday, October 04, 2006

Hey You - Pink Floyd

Hey you, out there in the cold
Getting lonely, getting old
Can you feel me?
Hey you, standing in the aisles
With itchy feet and fading smiles
Can you feel me?
Hey you, dont help them to bury the light
Dont give in without a fight.

Hey you, out there on your own
Sitting naked by the phone
Would you touch me?
Hey you, with you ear against the wall
Waiting for someone to call out
Would you touch me?
Hey you, would you help me to carry the stone?
Open your heart, Im coming home.

But it was only fantasy.
The wall was too high,
As you can see.
No matter how he tried,
He could not break free.
And the worms ate into his brain.

Hey you, standing in the road
Always doing what youre told,
Can you help me?
Hey you, out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?
Hey you, dont tell me theres no hope at all
Together we stand, divided we fall.

[click of tv being turned on]
Well, only got an hour of daylight left. better get started
Isnt it unsafe to travel at night?
Itll be a lot less safe to stay here. youre fathers gunna pick up our trail before long
Can loca ride?
Yeah, I can ride... magaret, time to go! maigret, thank you for everything
Goodbye chenga
Goodbye miss ...
Ill be back

Monday, October 02, 2006

cegar

as vezes;
o mundo estreita-se
ficamos entorpecidos na multidão.
pacificados
ficamos sem ninguém para amar,
sem vida para viver.

e uma vida melhor para o nosso povo?
não sonhamos com a paz?

os nossos minúsculos
triviais problemas
transformam-se
numa selva sem saída,
ficamos encurralados
na mania das grandezas
quando no fundo somos
apenas
uma gota no oceano
uma pedrita na montanha

gostava
de perceber aquele momento
em que decidimos deixar de viver?
quando
os nossos grandes egos
atropelam o amor
a vida em festa e alegria!

o silêncio, o desnorte, a solidão numa multidão...
o silêncio, o desnorte, a solidão em multidão...